O uso da Cannabis para fins medicinais foi liberado em Israel

{ Posted on 14:41 by Ganja Man }
Em uma reportagem do programa Fantastico da Rede Globo do dia 8 de dezembro de 2009, foi exibida uma materia sobre a legalização do uso medicinal da Cannabis em Israel.

O governo de Israel que já havia liberado o consumo da Cannabis para fins medicinais,nesta semana,autorizou um hospital público a realizar o tratamento e a receitar maconha para os doentes. E mais: os pacientes podem fazer uso da medicação, quer dizer, fumar a maconha, dentro do hospital.

O Dr. Itay Goor Aryeh diz que a autorização para usar a maconha dentro do hospital foi o passo natural no processo que já autorizava o uso médico da erva em ambulatórios e na casa dos pacientes.

Assista aqui.

Debate sobre a atual Lei brasileira anti-drogas, 8 de Dezembro.

{ Posted on 07:20 by Ganja Man }
Ainda falta um pouco, mas já estamos ansiosos pra avisar: o Blog Sobredrogas, numa parceria com o Viva Rio, o Oi Futuro e a Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia (CBDD), organiza no próximo dia 8 de dezembro um debate público a respeito da atual lei brasileira sobre drogas, com vistas a contribuir para as propostas de mudanças na lei que serão enviadas ao Congresso Nacional no ano que vem.

A idéia do debate surgiu depois das críticas que a recém-criada Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia (CBDD) recebeu por não ter, entre seus quase 40 integrantes, ninguém com menos de 30 anos. O debate visa reduzir essa falha, colocando integrantes da comissão para ouvir da juventude suas idéias e propostas sobre assuntos como legalização da maconha como forma de reduzir a violência e a corrupção do tráfico, descriminlaização do usuário, liberação do plantio, políticas de redução de danos e outros.

O debate terá a presença já confirmada de Rubem César Fernandes, diretor do Viva Rio e secretário-executivo do CBDD; coronel Jorge da Silva, ex-secretário de Direitos Humanos do Rio e integrante do CDBB; Sérgio Vidal, representante da UNE no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad); Renato Cinco, organizador da Marcha da Maconha no Rio; e Luis Fernando Proa, pai do músico Bruno Kligierman, dependente químico que matou a namorada sob o efeito de crack, entre outros convidados.

Você, leitor do Sobredrogas, está mais do que convidado para participar desse debate, que contará com a participação ativa e livre da platéia. Quem não puder comparecer fisicamente, pode enviar perguntas aqui pelo blog, na semana que anteceder o evento.

O evento ocorrerá no Oi Futuro do bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, às 19h do dia 8 de dezembro (terça-feira). O Oi Futuro fica na Rua 2 de Dezembro, 63.

Usuário, esse eterno excluído

{ Posted on 13:03 by Ganja Man }
Na maioria dos debates sobre drogas existem poucas pessoas que se sentem confortáveis em se assumir usuárias. Seja por timidez, medo do estigma, necessidade de preservar a segurança através do anonimato, os usuários tendem a ocupar espaços reduzidos, com pouco direito à voz, muitas vezes sendo-lhes destinado apenas papéis pré-definidos, que oscilam entre o “doente necessitando internação e tutela” e o “ativista engajado”, passando, é claro, pelo “hippie desleixado” e muitas outras categorias disponíveis por aí.

No último domingo, dia 15 de novembro, foi publicada uma entrevista no Jornal do Brasil na qual o Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, declarou-se favorável a uma revisão nas atuais políticas e leis sobre drogas. Esse seria mais um sintoma de que a “questão das drogas”, em especial, da “legalização” está na moda? Muitos políticos e outras figuras públicas, favoráveis e contrários à regulamentação da maconha ou descriminalização das drogas, correram para emitir alguma opinião pública a respeito da fala do Governador. Parece realmente que as palavras “legalização”, “descriminalização”, “regulamentação”, antes proferidas apenas por poucos especialistas e pelo movimento antiproibicionista, viraram temas de debates centrais na sociedade brasileira.

Isso não é ruim. Para instituições, especialistas, ativistas, políticos, usuários e outros engajados no tema, é até positivo que lhe seja dada maior visibilidade. O problema é que ainda é um tema tabu em nossa sociedade, discutido muitas vezes com base em preconceitos de ordem moral ou ideológica, sem relação com dados científicos ou com a realidade social das pessoas que usam maconha ou outras drogas, ou da comunidade da qual fazem parte.

É ótimo ver governadores, ex-presidentes, escritores, políticos e muitas outras figuras da atualidade refletindo sobre a real eficácia das políticas proibicionistas, esforçando-se para propor modelos alternativos. Nos últimos meses vimos o crescimento do debate em torno da regulamentação do uso da maconha, com ênfase especial à descriminalização do cultivo para consumo pessoal, como uma medida que ajudaria a cortar a violência relacionada ao comércio. Foram criadas a Comissões Latino-Americana e Brasileiras sobre Drogas e Democracia e tem havido um esforço de diversos setores do governo para promover o debate acerca do tema.

Os debates estão sendo feitos não apenas em espaços na sociedade civil, mas promovidos por órgãos do Estado e realizados dentro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD. O CONAD atualmente está encabeçando um Grupo de Trabalho para Reforma e Regulamentação da Lei 11.343, que produzirá o documento base para a proposta que será levada pelo deputado Paulo Teixeira à Câmara. Apesar de haver uma ampla representatividade de diversos setores da sociedade civil e do Estado, o mesmo erro da época da criação da primeira Lei proibicionista está se repetindo: os usuários, atores pessoalmente envolvidos com a questão, não estão sendo chamados para o debate oficial.

Não é por falta da existência desses grupos, já que existem associações de usuários ou de redução de danos no Brasil há mais de 10 anos. Existem diversos grupos declaradamente formados por usuários ou que atuam em diálogo direto com os usuários. Dentre alguns exemplos, há o Growroom, que há quase 8 anos atua na promoção de acesso a saúde, cidadania e informação a usuários de drogas, mantendo um centro de convivência on-line; a Ananda, grupo de ativistas, usuários, redutores de danos e pesquisadores de Salvador; o Desentorpecendo a Razão, em São Paulo; a Princípio Ativo, em Porto Alegre; a Se Liga, em Recife; e a Marcha da Maconha, espalhada por várias capitais. Nenhum desses grupos, apesar de há anos promovem o diálogo com os usuários e atuarem por mudanças nas leis e políticas, foi convidado para as discussões oficiais sobre as reformas e regulamentações na Lei 11.343.

Não custa lembrar que a fronteira entre drogas líticas e ilícitas não é dada pela natureza, e sim algo construído social, cultural e politicamente. O proibicionismo, a compulsão legislativa e política de proibir e reprimir todas as condutas relacionadas com algumas das muitas drogas existentes, nasce justamente da ignorância a respeito das culturas de uso dessas drogas. O antropólogo Anthony Henman, um dos primeiros a ter a coragem de levar em consideração a cultura das populações onde há uso de drogas e denunciar os abusos cometidos em nome do regime proibicionista, afirmava que “a Guerra às Drogas é uma guerra etnocida”. A frase, escrita ainda na década de 1980, para denunciar as violências cometidas pela Polícia Federal, na época, contra comunidades indígenas onde havia uso de maconha, se mantém atual até os dias de hoje.

É bom lembrar também que o mau uso de drogas pode causar efeitos negativos na saúde e na vida de indivíduos e deixar marcas em histórias pessoais, mas o mau uso de políticas de drogas pode causar efeitos e marcas negativas na vida e na história de sociedades inteiras. Se não aceitarmos que existem indivíduos, grupos e comunidades com culturas que até hoje resistem à proibição total do uso de maconha ou outras drogas, é melhor deixarmos de hipocrisia e passarmos a afirmar que a Guerra empreendida pelo Estado não é às drogas, mas sim aos cidadãos fazem uso delas.

É preciso levar em consideração a cultura das comunidades de usuários, considerando-os não apenas como pessoas que precisam de ajuda, mas como cidadãos de direitos, com os quais é importante dialogar, repetiremos os mesmos erros do passado, criando leis e políticas que determinarão diversos aspectos da vida cotidiana de inúmeros indivíduos e comunidades, sem levar em consideração suas culturas, necessidades e opiniões a respeito do assunto. Ou seja, de forma totalmente alienada à realidade.

Enviado ao blog Sobredrogas/ do jornal O Globo por Sérgio Vidal, antropólogo, membro da Rede Ananda e do Growroon -

'Le Monde Diplomatique' pede a Legalização

{ Posted on 10:45 by Ganja Man }

A edição de setembro do conceituado Le Monde veio com um tema polêmico: A Legalização das drogas.
E o Legalize Brasil disponibiliza esse precioso material.


Clique AQUI

O uso da Cannabis Medicinal

{ Posted on 07:41 by Ganja Man }
O ingrediente com atividade biológica mais importante da marijuana é o d-9-tetrahidrocannabinol (THC), que pode ser encontrado para uso oral ou intravenoso em muitos hospitais norte-americanos. Esta substância já está liberada para ensaios clínicos em US, assim como em vários outros países (não ainda no Brasil). Por outro lado, o consumo da marijuana in natura - sob a forma de cigarros - ainda não foi liberado para uso medicinal, nem mesmo em US. Não, ao menos, a nível federal: vários estados norte-americanos aprovaram leis estaduais permitindo a venda e o uso de marijuana para uma variedade de indicações terapêuticas.

Estas iniciativas são, muitas vezes, apoiadas por grupos que defendem a liberação total do consumo de marijuana - mesmo para fins recreacionais. E encontram forte oposição dentre os grupos que classificam a marijuana como inimigo número 1 da civilização. Quem está certo? Seria a marijuana algo indispensável no receituário de um médico? Nesta seção, o QMCWEB tenta aproximar o leitor das promessas terapêuticas desta droga.

1) Náusea e vômito associados à Quimioterapia
Muitas drogas efetivas contra câncer provocam notórios efeitos colaterais: a destruição parcial do tecido epitelial acaba gerando náuseas e vômitos nos pacientes submetidos à quimioterapia. Estes reflexos acabam se tornando condicionados ao tratamento de tal forma, que, após algum tempo, basta a lembrança dos quimioterápicos para que os sintomas ocorram naturalmente. Desde 1975,

Sallan et al.(New. Engl. J. Med. 1975, 293,795) fizeram testes clínicos com a ingestão oral de THC em pacientes submetidos à quimioterapia. Os resultados foram satisfatórios: tanto a náusea quanto vômito diminuiam de intensidade e frequência nestes pacientes.

2) Síndromes de dores crônicas
Embora os efeitos analgésicos da marijuana e do THC sejam fracos se comparados aos opióides, o fato de que estas drogas são menos aptas a causar dependência física que as últimas tem estimulado a busca de analgésicos derivados da cannabis.

3) Asma bronquial
A asma é uma resposta inflamatória das vias respiratórias - no caso, dos brônquios. O THC poderia auxiliar no tratamento, por sua (moderada) ação anti-inflamatória. Entretanto, estudos já realizados, como o de McFadden et al. (Harrison’s Principles of Internal Medicine, McGraw-Hill, New York, pp. 1047-1053,1991) dão ênfase ao fato de que as drogas anti-inflamatórias já disponíveis são muito mais eficazes do que a marijuana. Mas estudos mais aprofundados podem potencializar o efeito anti-inflamatorio do THC.

4) Glaucoma
O Glaucoma é uma doença causada por um aumento da pressão intraocular (IOP), como um resutado do bloqueio do fluxo do fluido produzido pelo corpo ciliar. Os sintomas são, em geral, o aparecimento súbito de miopia ou hipermetropia associados a dores nos olhos, cabeças e, algumas vezes, náusea e vômitos. Muitas vezes a pessoa afetada percebe discos amarelos quando olha para fontes luminosas. O tratamento envolve drogas que reduzem a pressão intraocular através da contração da pupila (drogas mióticas) ou até mesmo cirurgias - o médico faz uma abertura na região periférica à íris, permitindo a passagem o fluido aquoso.
No caso do tratamento com drogas, a medicina se vale da facilidade que os olhos têm em absorver rapidamente qualquer medicamento. Neste caso, o paciente deve pingar gotas do remédio, diariamente, sobre os olhos.
Um dos efeitos colaterais da marijuana é a vasodilatação intraocular - o que causa a vermelhidão dos olhos. Este efeito justifica o uso da marijuana em ensaios clínicos contra a glaucoma.
Entretanto, até agora, apenas ensaios envolvendo o THC foram conduzidos e, novamente, os resultados foram menos satisfatórios daqueles obtidos com drogas convencionais. De acordo com Green, a maconha pode causar uma diminuição de cerca de 25% da pressão intraocular, que dura de 3 a 4 horas.

Green comenta que apenas 60% dos pacientes tiveram estes resultados - os outros não observaram nenhuma diminuição da IOP.

Diversos autores sustentam que mais ensaios precisam ser feitos; segundo eles, a marijuana contém muitos outros ingredientes ativos além do THC, que ainda não foram testados. Entretanto, a barreira legal dificulta a realização destes testes. Esta barreira, porém, talvez seja apenas um reflexo de nossa sociedade: numa entrevista conduzida na California, apenas 15% dos pacientes com glaucoma estavam dispostos a tentar o uso da cannabis; os outros 85% preferiam continuar utilizando drogas convencionais.

A maior contribuição da marijuana para a medicina, entretanto, já foi dada: foi graças à cannabis que hoje conhecemos os receptores cannabinóides (CB1 e CB2). Esta descoberta revelou, à medicina, um novo campo de ação, onde novas substâncias sintéticas, capazes de interagir com estes receptores mas sem os efeitos nocivos e indesejáveis do THC, possam ser úteis no tratamento de várias doenças, como as de origem congnitivas, na dor, problemas gastrointestinais e doenças neurológicas. É neste campo que se concentram, hoje, a maior parte dos cientistas que estudam os compostos cannabinóides (leia, como exemplo, o excelente artigo de Piomelli, D. et al. (The endo-cannabinoid system as a target for therapeutic drugs. Trends Pharmacol. Sci. 2000, 21, 218–224). O grande ôba-ôbaem torno da liberação terapêutica da marijuana tem pouca relação com a medicina: na verdade, os grupos que defendem esta liberação acreditam em uma descriminação gradual da droga, sendo o hospital apenas o primeiro estágio. A ciência - sem preconceitos - tem mostrado que, além do uso recreacional, a maconha não tem nenhuma outra propriedade que não possa ser substituída e ultrapassada por uma droga sintética não-narcótica. O Professor de Psiquiatria da Harvard Medical School, Lester Grinspoon, resume estas observações: "the psychological effects of cannabis are helpful for patients in dealing with their condition, even without objectively measurable improvement (...) marijuana would fulfil its medical potential in the best way when it is legally available to every adult individual”. Ou seja, isto é mais uma questão de direitos humanos do que de medicina ou ciência.

fonte: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconhamedicina

Do plantio para uso próprio (e outros avanços): desmitificando "caretices"...

{ Posted on 16:19 by Ganja Man }
Os dados são auto-explicativos: ao longo de 4.429 anos e 8 meses,não houve, até o momento, overdose alguma causada pelo uso de maconha. Chamá-la de "droga leve" é até algo desnecessário, uma vez que os maiores perigos estão na existência de um comércio ilícito, com tudo o que ele acarreta: uma droga voltada ao lucro, e o lucro regulado através da violência. Sem contar a desinformação de fumantes e não fumantes. Porém, como go$tam de um tabu, 90% dos jornais estão pouco se lixando para isso.
A notícia da proposta de alteração da Lei 11.343/06 (também conhecida como LEI DOS TÓCHICO), encabeçada por pessoas como o Deputado Paulo Teixeira (PT/SP), coloca em debate a importância do plantio de maconha para uso próprio em pequenas quantidades, e a mudança de enfoque em direção a políticas de drogas mais sérias. Se isso muito interessa às pessoas canabistas (também conhecidas como maconheiras), também deveria interessar a cidadãos e cidadãs em geral. Contudo, a idéia de que usuários de ilícitos não serão mais presos parece, para muita gente, o fim dos tempos. Muitas pessoas caretas (principalmente as que acham que drogas são todas iguais & servem ao demônio) costumam imaginar que terão de fumar passivamente dentro de elevadores, supermercados e durante as viagens da terceira classe. Vale lembrar que ser careta não tem nada a ver com estar em abstinência, mas sim em ter uma certa visão de mundo fechada - o que comprova o dito popular de que usar drogas não é remédio para a caretice.

fonte: http://principio-ativo.blogspot.com

Dep. Paulo Teixeira pede mudanças no Senado

{ Posted on 11:58 by Ganja Man }
No dia 28, o deputado Paulo Teixeira foi ao senado apresentar , de maneira formal , sua proposta para mudança da lei 11.343.No discurso , falou sobre a política de repressão , como tratar , consumo próprio , plantio , etc.
O deputado está fazendo sua parte.E nós?
Segue o vídeo.